Em 24 de maio de 2011, o Jornal da Energia registrou que o Brasil atingia a marca de 1GW em parques eólicos em operação. Em dois anos, o País dobrou esse número, e conta agora com 2,1GW de usinas em funcionamento comercial, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). O resultado, porém, poderia ser bem melhor se 1,2GW estivessem com o sistema de transmissão construído.

No início do mês, a Aneel considerou que 19 (542,2MW) parques eólicos no Rio Grande do Norte estão "aptos a operar". Esses projetos se somam a outros 626MW na mesma condição em 2012: aptos a operar, mas sem ICGs.

De acordo com o Banco de Informação de Geração (BIG), apesar desses 1,2GW estarem "aptos a operar"; na Aneel ainda estão classificados como "empreendimentos em construção". Essas usinas não estão injetando energia no sistema, portanto, não estão contribuindo para o atendimento da carga do País.

No geral, a responsabilidade pela construção do sistema de transmissão dessas usinas é da Chesf, subsidiária do grupo Eletrobras. Chamadas de Instalações Compartilhadas de Geração (ICG), esses equipamentos não integram a Rede Básica, mas têm a missão de escoar a energia de novos empreendimentos eólicos, conectando os parques eólicos ao Sistema Interligado Nacional (SIN). A energia eólica cada vez mais está contribuindo para o atendimento da carga. A reportagem apurou, com base em dados do Operador Nacional do Sistema (ONS), que a fonte vem contribuindo diariamente entre 500 e 800 MW médios. Nesta terça-feira (8/10), porém, o Informativo Preliminar Diário da Operação (IPDO) registrou 1.013MW médios produzidos pelas usinas movidas pelo vento.

Fonte: Abeeólica/ Jornal da Energia